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domingo, 20 de março de 2011

Societarismo da ciência: ignorando a filosofia da ciência

     Esse texto surgiu como inspiração de um ótimo artigo que li recentemente, e que pretendo abordar como ponto central dessa postagem.O artigo é “ Existe uma só ciência, a da vida social? ” e ele se encontrará disponível no final do texto também.Recomendo-o para poder entender o insubstituível papel que o filósofo tem que não pode ser ocupado pela ciência, embora, alguns cientistas tenham tentado.

    Para começar, farei uma introdução do que algumas perspectivas sobre a ciência (perspectivas estas que não se sustentam, embora possam ter algum apoio social) que buscam analisar a ciência a partir de uma perspectiva sócio-histórica.

Nessa direção, existem aquelas correntes que analisam fenômenos sociais relativos à ciência estudando-os sem que se busque entrar no contexto de justificação. Contexto de justificação, trata-se do contexto em que se justifica a adoção de uma proposta, a verdade de uma afirmação ou série de afirmações, a validade de um raciocínio etc. Este contexto se refere ao contexto que é referente a filosofia.O contexto da descoberta é o contexto em que ocorrem descobertas científicas, e formas adequadas de descrição e explicação do mundo.Vale lembrar que explicação se refere a busca de causas para certos fenômenos, enquanto que justificação se refere a busca de razões.

    Assim, um fenômeno pode ser causado, mas nem sempre justificado. Por exemplo, a explosão de Hiroshima foi causado pelo despejo da bomba sobre a cidade japonesa, mas este fato, não justifica a destruição da cidade, nem da morte de milhares de pessoas.
    Outra perspectiva de análise dos fenômenos sociais relacionados à ciência é a perspectiva socioconstrutivista. Seus defensores acreditam que o estudo do mundo social é suficiente para falar tudo que se precisa saber sobre a ciência. Inclusive, tentam justificar ou demonstrar a impossibilidade de justificativa da ciência através dessa perspectiva social.Assim como o fisicalismo, tão criticado pela filosofia e também , ironicamente, por essa perspectiva socioconstrutivista, acaba reduzindo a ciência(sua validade, verdade, justificativa etc) a interpretações sociológicas.

    Entra em contradição, ao pensar a ciência desta forma. Acredita que é capaz de que a ciência se justifica por uma única ciência, a sociologia, e por vezes, entra desacredita a possibilidade de se justificar a ciência, sendo ela própria , a sociologia da ciência, desacreditada no processo.Também entra em contradição, pois confunde explicação com justificação,pensando ser a verdade, mera questão de convenção.Como se a Terra fosse plana, na idade média, por que a população acreditava nisto.

    Ora, diante de uma análise inadequada da epistemologia, como se esta fosse redutível a ciência social, parece ser claro que a conclusão de que a epistemologia é injustificável. Isto é como achar que problemas de matemática só são solucionáveis por meio de prática de esportes, e no fim das contas achar que não são solucionáveis, por você não conseguir solucioná-los praticando tênis.Como diz o ditado popular.

Para quem tem só martelo, tudo é prego.
  
Para saber mais:

Existe uma só ciência, a da vida social? Autor: Alberto Oliva - Universidade Federal do Rio de Janeiro

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